Na hora do desespero, o que vale é a criatividade. Pelo menos é isso o que mostra um levantamento realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) sobre as desculpas mais comuns para fugir da blitz do bafômetro. Tristeza pelo fim do noivado, prótese dentária e até um coquetel alcóolico para gripe são algumas das justificativas para tentar evitar o pagamento de uma multa de quase R$ 3 mil e ainda perder o direito de dirigir por um ano.
Essas desculpas, porém, não convencem policias e agentes de trânsito. Em 2019, foram julgados 8.625 recursos, mas somente 177 foram deferidos – o que representa somente 2%. Até junho de 2021, foram analisados 743 recursos, dos quais apenas 18 foram deferidos. Por conta da pandemia da Covid-19, o Detran não realizou a Operação Direção Segura, que promove a redução e prevenção de acidentes de trânsito causados pelo consumo de álcool.
Frederico Pierotti Arantes, presidente do Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo (Cetran), explica que a lei é clara e é de tolerância zero para a combinação de álcool e direção. “Muito embora a punição para estes casos não seja imediata, o resultado dos julgamentos dos recursos tem demonstrado tratar-se de justificativas quase sem nexo, resultando no indeferimento dos recursos e na manutenção da penalidade aplicada.”
De acordo com os artigos 165 e 165A do Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sob a influência de álcool ou recusar-se ao teste do etilômetro são consideradas infrações gravíssimas, que podem levar a suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além de multa de R$ 2.934,70.
Texto retirado às 14:24 do dia 18/03/2022 do site:
Matéria feita por: Emily Nery – 27/08/2021, às 09:35